sábado, 23 de maio de 2009

Revelando artemanhas

Fotografo imagens, ermo sudoeste de Campo Limpo, tarde de sábado, 9 de maio...

Em canto do amplo espaço arborizado; não bem cuidado por quem na administração municipal compete...

Ecoa o canto de quem contente rumo de arte traça. Teatro de rua, na praça...

Longe vai o tempo dos circos mambembes chegando ao nosso subúrbio...

Palco, sala, lugar onde praticar literatura, cultura, teatro em nossa periferia, que dificuldade...

Uma história é recontada. Decomposta. Posta em prática. Estandarte revela artemanha. Sou lente...

Pesquisa, aprofundamento, quinhentos anos e fumaça, emancipação deste país...

País? Distante conceito, politicamente inverso. Cabral, terra a vista!...

Roda em risos! Um rio, cotejo, cortejo de atores afinados. Raios de sol...

Vale a pena aprender. Apreender e não guardar. Soltar pipas ao vento...

Invista. Insista. Trabalho clareia fundo d'água. Eu clico...


Personagens, pantomima. Senador é remédio de gripe. Mal que não se cura, nunca...

Suína cena, indigente, indígena escravizado. O evangelho, velho aglutinador...

Em paz caminha vaz, jesuítas. Espero, deflagro. Em se tudo dá; deu demais. Corrupção...

Reconheço Tiradentes, carie profunda. Herói às avessas. Presa do colonizador...

Bandeirantes, sempre é como dantes. Cesta básica, amém...

Julgamento procede, jeitinho brasileiro através dos tempos. Embalo-me ao sabor dos acordes. O coro. Do espanto da platéia em formação...

Crianças, mães, homens, árvores, bicicletas. Equilíbrio em pernas de pau. D. João, louca Maria, o índio, o negro, açoites...

Cidadão brasileiro civilizado. Narrativa colorida, pintada, desfraldando o embuste...

Aventura artística diante de olhos sedentos por novidades. A real é grotesca. Satírica máscara imposta...

Nauseabunda política. Aciono o zum. Deixa ver de mais perto o espetáculo...

Barreira rompida. Agora, aqui, temos teatro de rua, questionador...

Em projetar a ciranda; cirandeiro adiante o passo...

O anel de pedra reluz arte...

Não a margem, no leito do asfalto, mesmo se equilibrando no meio fio...


A Trupe Artemanha apresenta:


Brasil, quem foi que te pariu?

Nenhum comentário:

Postar um comentário